The Last of Us Part II
Platform:
Playstation 4
817
Players
249
Check-ins
Depois de 2-3 semanas de dedicação, finalmente cheguei neste momento:
Zerei The Last of Us Parte II. E chegar nesses créditos finais não foi fácil, nem emocionalmente até pela logística. Cada seção do Epílogo (Abby capturada - Ellie caçando Abby - confronto final/última cena na fazenda) foi jogada em 3 dias não consecutivos, porque ou alguém queria muito usar o PS4 (cof cof Genshin Impact da minha irmã) ou simplesmente estava ocupado com outras coisas. De qualquer forma, hoje sentei pra finalmente terminar a história toda, e estou fortemente impactado de duas formas diferentes. De um lado, entendo todo mundo que não gostou do jogo. É impactante demais e a violência física, gráfica, é o de menos; cada morte de um personagem que alguém se importa ou a sucessiva deterioração psicológica e moral de Ellie & Cia (enquanto Abby fazia o caminho oposto, num paralelismo do primeiro jogo). Não cheguei a pensar isso enquanto assistia as lives que davam os spoilers antes d'eu jogar o jogo, mas quando Ellie estava quase afogando a Abby naquele estado deplorável e semelhante ao começo do jogo em significado, eu cheguei no limite. Pra quem não conseguia tirar a vingança da cabeça -afinal, cada pessoa é uma pessoa -, o ato seguinte de perdão da Ellie pode ter soado como a quebra dos payoffs que os jogos tanto nos acostumaram, até por um fator de gameplay + relação parassocial.
Por outro lado, mesmo normalmente não me comportando desse jeito nessa rede, gostaria de oferecer meus sinceros VAI TOMAR NO CU pra todos que crucificaram o roteiro desse jogo como sendo malfeito, desrespeitoso, vazio, "lacrador" ou o que quer que seja. Sob qualquer parâmetro de cinema ou storytelling que eu conheço, SOB NENHUMA HIPÓTESE o enredo e a narrativa de TLOU Parte II são ruins. Só a presença do violão, praticamente um personagem por si só, e os seus usos ao longo do jogo é o bastante para denotar a inacreditável atenção aos detalhes presentes nesse jogo, não apenas os técnicos. Obviamente ninguém é obrigado a gostar das decisões criativas tomadas ao decorrer do enredo, mas pelo menos é necessário admitir a coragem e o amor envolvido não apenas do Neil Druckmann, mas de TODOS os envolvidos na produção dessa obra-prima (e considerando o regime de trabalho da Naughty Dog, esse é um feito ainda maior).
Ainda falarei mais sobre o jogo em uma review futura, e é fato que, pro bem ou pro mal, tanto TLOU Parte I quanto Parte II serão discutidos por um bom tempo na comunidade gamer e também fora dela. São histórias que ultrapassaram barreiras, já subiram a barra de narrativa nos jogos e certamente não serão esquecidos por um bom tempo.
Narrativa maravilhosa❤️