Zerado dia 20/08/18

Esse jogo saiu pra Switch há algum tempo e sempre via um amigo jogando, o que me deixou intrigado. Um dia, vagando pela eshop, descubro que ele tem demo e fui correndo ver do que se tratava. Um dungeon crawler rogue-like muito bacana e uma ótima combinação de gêneros que venho amando mais do que nunca graças a Enter the Gungeon e outras coisinhas.
Infelizmente,
no dia que fui comprar esse jogo, a promoção terminou e decidi esperar
mais um tempo e pesquisar mais sobre ele. Lembrei que seria muito bom
jogar no Vita, mas infelizmente também, ele não saiu pra plataforma, mas saiu pro 3DS e PC e eu nunca tinha ouvido falar.
Deus salve a freeshop,
mesmo com a experiência não sendo tão bacana no portátil 3D (sim,
conseguiram deixar o jogo mais simplório do mundo levemente mais feio).

O meu amor por QoD veio
com a sua jogabilidade e sistema de combate. Qualquer ação gasta um
turno: andar, atacar, se curar, quebrar um objeto do cenário, conjurar
uma magia etc. O mapa do jogo funciona como um grid, mais ou menos como
era nos jogos principais da franquia Pokémon, e todos os personagens na sala executam suas ações ao mesmo tempo (ou seja, assim que você fizer alguma coisa).
Basicamente,
se você andar em direção à um inimigo, ele também andará em sua direção
ao mesmo tempo, assim como outros que possam estar por perto (a maioria
deles só ataca corpo-a-corpo, estilo Fire Emblem). Mas vale
lembrar que outros atacam de longe, então é bom pensar um pouco antes de
sair executando qualquer ação e ficar tomando dano de graça.

Um
bom exemplo é jogar de mago, que lança bolas de fogo que podem queimar o
inimigo. Como nesse caso você ataca de longe, caso o inimigo pegue
fogo, basta fugir dele já que ele nunca te alcançará (ninguém executa
duas ações num só turno) e perderá vida a cada espaço que andar ao invés
de ir bater de frente.
Outra forma de ver essa simples
jogabilidade é imagina você e um inimigo com dois espaços vazios entre
vocês. Você anda na direção dele, ele anda na sua. Agora vocês dois
ocupam os espaços anteriormente vazios. Nada acontece até você agir. Se
você atacar, ele também atacará, visto que:
-A prioridade dos inimigos é sempre chegar ao seu lado.
-Estando ao seu lado, a prioridade se torna atacar.
-Se você atacar junto a ele, a sua ação tem preferência, ou seja, se o ataque for mortal, você não receberá dano.
Já
no caso da imagem acima, com apenas um espaço, se você se mover, o
inimigo atacará, já que a sua ação tem prioridade, ocupando o espaço e
já estando adjacente para o inimigo poder atacar.

A
coisa toda se complica com a aparição de inimigos que atacam a
distância e os chefes. Ah, os chefes. É rápido ficar forte em cada andar
que você se encontrar, mas os chefes dificilmente ficam tranquilos de
se batalhar graças a grandes barras de HP, muita força e magias que
podem te queimar, congelar etc.
Por outro lado, você também se fortalece com o sistema de level up com a experiência ganhada matando inimigos e fazendo as rápidas sidequests, sistema de equipamento e aprendizado de skills com os livros que achamos aleatoriamente pelas salas de cada andar, comum pouco de sorte.
Vale
lembrar que esse é um jogo que se cria aleatoriamente, então você pode
dar sorte de achar muito equipamento, ficar rico e causar mudanças de
status nos monstros como também pode descer uma escada e já sair numa sala de um chefe abusivamente forte e que acabará com todo o seu progresso.

Vale saber que em QoD, morrer significa perder completamente o progresso da sua run.
Dinheiro, equipamentos, magias, mapa. Você volta sempre à estaca zero, o
que pode ser frustrante, principalmente quando você está no quinto ou
sexto andar quando as dungeons tem sempre 7.
A dica
que eu dou é sempre ter paciência, sobretudo ao abrir uma sala
desconhecida e ver o melhor jeito de abordar o que quer que esteja lá.
Além disso, coletar tudo e vender o mais rápido possível já que seu
inventário é muito limitado (36 coisas, se eu estiver certo) e
constantemente se enche. Saber o que comprar também é essencial já que
as vezes encontramos itens que custam quase que seu dinheiro inteiro e
só melhoram seus status em 3, 4. Com o constante drop de itens melhores, vale a pena guardar seu dinheiro para itens que melhorem 15, 20 e que custam basicamente o mesmo, embora nem sempre apareçam na loja.
Pra fechar, recomendo personagens que ataquem de longe, como o arqueiro ou principalmente o mago: matam fácil, tem skills roubadas,
se mantém em segurança e causam mudanças de status. O mago basicamente
quebra esse jogo depois da minha experiência como Warrior.

Resumindo: Quest of Dungeons é um excelente dungeon crawler
com os elementos mais aleatórios possíveis. É um jogo bem simples e
fácil de entender, mas chega a ser difícil aqui e ali, principalmente
por conta de descuido. Sobretudo, um charme e que você pode largar o
console a qualquer momento já que as ações são executadas assim que você
fizer algo.
De bom: simples. Trilha sonora muito boa.
Jogabilidade bacana. Nível de desafio muito bom, e é possível deixar
mais fácil ou difícil. Duas dungeons de 7 andares para você fazer
e a possibilidade de criar outra do tamanho e dificuldade que quiser. 5
Classes de personagens, incluindo a menina do Crypt of the Necrodancer. Streetpass exclusivo ao 3DS, que envia seu personagem para um amigo tentar matá-lo em algum andar. O jogo permite salvar e sair caso você precise por qualquer motivo.
De ruim:
pode ser frustrante morrer no final para um elemento surpresa
inesperado. Falta do efeito 3D. Embora cada andar seja diferente, faltou
um elemento mais épico, sobretudo nos chefes finais. Achei que faltou
alguma premiação por fechar a aventura.
No geral, é um jogo bacana, que deveria ter em mais plataformas! Somando as duas dungeons, foram cerca de 3 horas, mas cheguei a perder algumas vezes, chuto que joguei umas 6 no total.
Simples e divertido, recomendo. Deu até pra jogar em pequenos
intervalos no trabalho sem se preocupar em pausar, lembrar de enredo ou e
jogabilidade!

Essa série é sim espetacular
Rapaz Deadlocke Ffa tem influência na saga, tanto que o dead é logo após o 3
Mario Galaxy copiou o Ratchet 2 e 3